20 de setembro de 2009

Alquimia Interior


Alquimia interior
(Luiz Calcagno)

O chumbo verte-se em ouro puro,
O amante se transforma na coisa amada
O escuro torna-se então tão claro,
E o claro toma forma no escuro.

Quando há noite tão escura para os Deuses,
E há dia, dia claro para os homens,
Abro os olhos para o mundo, fico cego,
Não enxergo os mistérios de Eleuses.

Oh, Mestre que acende minha chama,
Anubis sombrio que me guia pela noite,
Santo homem, me desperta, me inflama,

A lutar com nosso gancho e nosso açoite,
Me ensina a escalar essa montanha,
Me transmuta nessa voz que se esconde.

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