19 de outubro de 2009

Uma reflexão sobre a arte


Oi, pessoal!

Hoje quero falar com vocês sobre a Arte, pois conheci um grande artista, chamado Imam Maleki, que vem lá do Oriente Médio, um lugar em que vemos muitos conflitos históricos, mas que, mesmo assim, faz surgir pessoas que buscam tudo o que há de bom, belo e justo.

Sei que falar de Arte hoje gera um pouco de discussão, porque cada um tem uma ideia diferente. Mas vamos observar o que a tradição nos fala sobre o que seria verdadeiramente a Arte.

Bom, algo que é comum a essas tradições é que o Belo é um dos primeiros princípios da Natureza e que é mais perceptível através dos objetos que nele participam. Assim o Belo é uma forma sensível da harmonia que transcende os objetos e ao qual o mundo material serve unicamente de suporte. A Beleza é, então, a mais imaterial e dinâmica da formas. Um objeto que carece de beleza é um objeto materializado a um grau extremo, lentificado e desprovido de harmonia vital e espiritual.

Meu discípulo Platão dizia que a esfera do Belo, do Bom e do Ser são uma mesma e tripla emanação da Unidade, da Perfeição Universal. Assim, quanto mais perfeita for a alma mais ela ressoa na presença da Perfeição Universal. As almas adormecidas carecem dessa receptividade e vivem ignorando as formas perfeitas.

Mas se a arte é essa execução sensível, é necessário uma, mesmo que momentânea, sincronização entre os princípios superiores do homem e seus veículos materiais, incluindo todos os intermediários.

Se entro numa casa e a acho bela, poderia, sem dúvida, explicar o porquê; mas o meu julgamento é fruto de uma capacidade apriorística intuitiva: é uma luz saída do mais profundo do meu Ser que ilumina as trevas do meu ego pessoal hesitante. É por essa razão que a hoje chamada “Filosofia da Arte” tornou-se como a História para as batalhas: tem que limitar-se a comentar o já sucedido e do qual se vêm mais os efeitos que as causas. É que a intuição estética pura é muito difícil: elementos de todas as índoles, desde mentais até biológicos, conjugam-se para modificar a descida do Arquétipo.

A intuição estética e a criação artística estão à altura do campo de experiência do Eu Superior. Assim o artista pode ser educado e melhorado desde que harmonize sua natureza e espiritualize seu caráter.

A Arte tem uma grande importância para a sociedade, pois o caminho estético é também um elemento de Filosofia, de busca da Verdade. Se não se propõe a essa busca, a essa captação de imponderáveis que informam a matéria, ela deixa de ser Arte para se converter num artesanato de improviso ou de repetição. E se pensarmos na finalidade social da Arte como purificadora e enaltecedora das grandes massas humanas, veremos que a criação e a captação artísticas - seja auditiva, visual ou mista - colaborará na formação do verdadeiro Ideal Filosófico, Político e Humano. O artista, como tal, é uma bênção para a humanidade e deve ser ajudado e protegido para que as exigências materiais ou as pressões psicológicas não limitem a sua divina dação aos seus concidadãos menos afortunados pelas Musas.

2 comentários:

  1. Realmente, Apolo te inspirou hoje, Sócrates!

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  2. Estou completamente de acordo com vc,estava passando e adorei seu blog..se me permite vou te seguir..parabéns.
    Abraço

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