1 de dezembro de 2009

A construção de nós mesmos

Por Lúcia Helena Galvão
Diretora e professora voluntária da
Escola de Filosofia Nova Acrópole Lago Norte-DF

A cultura em que vivemos gerou alguns desajustes na formação do homem. Um dos elementos é que o privou de olhar para dentro de si mesmo e perguntar-se acerca de quem ele de fato é, o que sente, o que quer para sua vida, o que lhe traz verdadeira felicidade, qual é o sentido de sua vida. Não há, enfim, um convite à reflexão e construção da própria identidade; pelo contrário, há, por todos os lados, vias para distrair-se, fugir e esconder-se permanentemente de si mesmo.

Porém, o homem é predestinado a conhecer-se e a construir-se, e não tem cumprido essa missão.

Para os antigos gregos, seria necessário estabelecer um diálogo com a Alma, ou seja, descobrir o que nos faz trair a nós mesmos quando não cumprimos com o que havíamos decidido ser e fazer; é preciso visualizar com clareza aonde queremos chegar, como queremos nosso futuro. Vida sem encontro consigo mesmo não é vida, é embalagem vazia, mera fachada. Somos, na realidade, embalagens de um ser superior, nossa própria essência e identidade.

E como encontrar esse verdadeiro eu?

Algumas sugestões seriam: estabelecer aonde queremos chegar com nossas vidas, refletir sobre nossas ações diárias, perguntar-nos se temos sido um fator de soma para nós mesmos e para o mundo à nossa volta, tomar as rédeas de nossas ações, ou seja, determinar o que queremos mudar em nós mesmos e começar imediatamente. O fim de um ano, de um ciclo, é sempre um convite a refletir e a renovar-se, a renascer; o resultado de nossas vidas dependerá de quantos convites da vida fomos capazes de rejeitar ou aceitar.

Um comentário:

  1. parabéns pelo artigo,muito bom!!
    gostaria de receber seus por email por favor.

    daniel27rj@hotmail.com

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