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9 de setembro de 2009

O que querem os jovens?

Caros amigos,

A Escola de Filosofia Nova Acrópole publicou neste ano um livrinho chamado "O que querem os jovens?". O tema é muito interessante, e o livrinho expressa de forma simples e direta ideias fundamentais para entender o que é essa etapa da vida humana, que é a juventude.

Hoje, reproduzo para vocês um trecho do livrinho para que fiquem com um gostinho de "quero mais". E quem quiser adquirir um exemplar do livrinho, que custa apenas R$3,00, basta procurar uma filial da Escola de Filosofia Nova Acrópole mais próxima. Só conferir o endereço no site www.acropole.org.br.



O QUE QUEREM OS JOVENS?
Por Delia Steinberg Guzmán


Não é fácil definir a juventude. Ainda que busquemos muito, os diversos autores, ao longo do tempo, não entraram em acordo quanto a uma definição exata. A juventude é tão rica e tão ampla em matizes, é tão plástica e tão extraordinária que não encontramos uma maneira objetiva, concreta e sintética de defini-la.

Como filósofos, temos uma fé enorme na juventude e uma grande esperança neste mundo futuro do qual tantas vezes falamos e tantas coisas dizemos. No fundo, nenhum de nós deixou de ser jovem, tampouco deixou, por uma razão ou outra, de ter algumas angústias, mais ou menos juvenis, porém que têm sua raiz nos mesmos problemas e em semelhantes circunstâncias.

Em linhas gerais, para definir a juventude deveríamos aceitar o que dizem alguns: é um estado intermediário entre a infância e a maturidade. Efetivamente, é um estado intermediário, porém não único, nem definitivo, mas sim muito especial, porque sai da chamada "doce inocência da infância" para entrar em um despertar repentino e imediato às próprias realidades interiores, emocionais, intelectuais, físicas e psicológicas, que, por muito naturais que sejam, não deixam de causar forte impacto na personalidade do jovem.

Ao falar de juventude, não podemos nos referir única e exclusivamente a essas mudanças físicas que se produzem e assinalam a passagem da infância à adolescência, mas temos que nos referir também a outras mudanças concomitantes, psicológicas e mentais, muito profundas. Fazendo eco de velhas doutrinas tradicionais e esotéricas, temos que pensar também que a mudança na juventude vai ainda além, e que não só se despertam a psique e a mente, mas que reaparece o próprio Eu, esse Ego Superior adormecido que vem do fundo dos tempos e que necessita de um momento especial na vida para despertar e se manifestar.

Não concordamos com aqueles que dizem que a juventude começa com a puberdade, com a maturidade sexual. Tampouco podemos dizer que a juventude termina quando aparece a maturidade e o ser humano já é adulto. Se assim fosse, deveríamos nos perguntar sobre quando começa essa maturidade. Ou será que a juventude se prolonga muito mais, não já em seus aspectos positivos, mas justamente nos negativos, como falta de maturidade para saber o que se quer?

Vemos que não podemos colocar limites. A riqueza humana é infinita, as expressões da evolução humana são infinitas, e não podemos nos ater a definições estritas.

A juventude tem algo de novo nascimento. É como voltar a nascer, mesmo já dentro de um corpo físico que se expressa material e concretamente. A juventude tem algo de abrir os olhos a uma nova forma de vida e carrega toda a angústia que supõe precisamente isto: o ter que enfrentar uma nova forma de vida.

É como se nascêssemos, mas desta vez sozinhos, absolutamente sós, porque sentimos que sozinhos vamos ter que resolver toda a angústia deste novo nascimento.
Como todo novo estado, esta nova juventude, para a qual se acaba de nascer, se apresenta instável, insegura e intranquila. O jovem necessita se garantir e não encontra como fazê-lo. E esse é o porquê da angústia à qual queremos nos referir.

Podemos enfocar essa angústia por dois pontos de vista. Há uma angústia normal e lógica, própria do crescimento, do desenvolvimento deste ser humano que volta a nascer quando deixa de ser criança, incluindo-se nela todos os processos abrangidos pela psicologia tradicional. Outro aspecto que nos interessa enormemente é a outra angústia, a que não é tão natural e própria da juventude, a que se soma a nosso mundo circundante com todos os seus problemas e que é menos natural e mais angustiante para a personalidade do jovem. Comecemos pela primeira.

Continue a leitura no livrinho...

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